Muitas pessoas, inclusive especialistas do mundo automotivo, acreditam que o motor a combustão está com os dias contados. Tanto que, inclusive as montadoras, todos se preparam para a nova realidade.
A própria Volkswagen tenta se consolidar no mercado moderno automotivo a partir de um maciço investimento na eletrificação dos seus modelos, o que fez gerar a linha ID, que estreou uma nova plataforma modular para elétricos e vários híbridos plug-in da marca.
Mas apesar de estar investindo pesado nos elétricos a bateria, o CEO da Volkswagen, Herbert Diess, disse recentemente que será impossível aposentar o motor a combustão da forma como a União Europeia (UE) quer impor.
Vale lembrar que o principal componente de um carro elétrico é o seu conjunto de baterias, que hoje é grande, caro e pesado. Herbert Diess diz que para ter elétricos representando por 50% das vendas do grupo até 2030, como a UE exige, seria necessário seis giga-fábricas de baterias prontas e em funcionamento até 2027 ou 2028.
O executivo chamou a atenção para a complexidade da operação: “Temos de comprar todas as máquinas [para as fábricas]. Temos de construir as fábricas. Temos de encontrar as localizações [para as construir]. Temos de treinar as pessoas. Temos de garantir o fornecimento e qualidade das matérias-primas. É um desafio enorme.”
Diante disso, Herbert Diess lembra que isso seria apenas para atender a Europa, continente onde o grupo Volkswagen representa por 20% do mercado. Essa atitude de abandonar os motores a combustão e trocá-los pela propulsão elétrica “é simplesmente impossível”, nas palavras dele.
Outro ponto para o qual Diess chamou a atenção na entrevista foi para essa transição na propulsão dos veículos: “Carros elétricos só fazem sentido se a energia elétrica vir de fonte renovável.”
Ele ressalta que enquanto um país tiver uma matriz energética poluidora, não faz sentido vender carros elétricos lá.
Ele usou como exemplo a Polônia, onde 100% da energia vem de usinas a carvão. Lá um carro elétrico seria mais “sujo” que um veículo a combustão interna. Países como a França, Áustria e Noruega são usados como exemplo, por usarem fontes renováveis como solar, eólica e nuclear.
A situação do Brasil na visão do CEO da VW
O executivo lembrou na entrevista que o grupo Volkswagen não atua apenas em regiões que incentiva os elétricos, como a Europa e os EUA.
O fabricante está entre os três maiores na América Latina e segundo maior no Brasil.
Segundo Herbert Diess, o etanol brasileiro é praticamente livre de CO2. Por isso, ainda não faz sentido abandonar os motores a combustão por aqui a favor dos elétricos.
Em 2021 foram anunciados investimentos da VW no Brasil para desenvolver híbridos com motor flex e as células de combustível a etanol.
E aí, gostou de saber dessa informação dada pelo CEO da Volkswagen? Maravilha! Agora que tal agendar aqui uma visita à Saga VW e conhecer, de perto, todos os nossos modelos – tanto a combustão como elétrico?